São José. Luz opaca. Rua estreita.
Um bafo bêbado mandando porre.
Enquanto o sangue quente ainda escorre
De um jovem que aderiu à nova seita.
Maria dos Prazeres só se deita
Pra saciar o vício que a dessorre.
A pobre por dez paus do pau não corre.
Na lata põe a pedra e se deleita.
A sensação de gozo é tão barata
Que o corpo se despenca sobre a lata,
E só quem está perto sente o baque.
Ao acordar, enxerga-se aos pedaços!
Levanta a tropeçar nos próprios passos
Para trocar o corpo por mais crack.
Autor: Tiago Oliveira de Sousa.
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