Junto à beira de atlântica floresta,
Florescem casas, devorando a mata.
Garrafa, fio, papelão e lata:
Este é o quadro da paisagem desta.
Tristes mansões além do Jaguaribe...
E as águas sujas que há nas suas margens
Refletem o bulício das imagens,
Onde a alegria humilde não se inibe.
Mais adiante, embaciados prédios,
Gozando o marulhar das ondas belas,
Mentem que no real suas janelas
São como grades coligindo tédios.
Eu prefiro a pobreza das favelas
Do que o luxo moderno dessas celas.
Autor: Tiago Oliveira de Sousa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário